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sábado, 6 de abril de 2013

Sofremos por que?


Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Carlos Drummond de Andrade
Definitivo, como tudo o que é simples. 
 Nossa dor não advém das coisas vividas, 
 mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. 

 Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos 
 o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções 
 irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado 
 do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter 
 tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que 
 gostaríamos de ter compartilhado, 
 e não compartilhamos. 
 Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. 

 Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas 
 as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um 
 amigo, para nadar, para namorar. 

 Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os 
 momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas 
 angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. 

 Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. 

 Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo 
 confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, 
 todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. 

 Por que sofremos tanto por amor? 
 O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma 
 pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez 
 companhia por um tempo razoável,um tempo feliz. 

 Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um 
 verso: 

 Se iludindo menos e vivendo mais!!! 
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida 
 está no amor que não damos, nas forças que não usamos, 
 na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do 
 sofrimento,perdemos também a felicidade. 

 A dor é inevitável. 
 O sofrimento é opcional...
Carlos Drummond de Andrade

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