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domingo, 7 de abril de 2013

CONSELHO MATERNO


CONSELHO MATERNO

D. Rita de Cássia criava em sua casa, como filho adotivo, um sobrinho de nome Moacir, menino de onze a doze anos de idade. Moacir trazia larga ferida na perna, quando a dona da casa mandou chamar D. Ana Batista, antiga benzedeira da localidade denominada Matuto, hoje Santo Antônio da Barra, nos arredores de Pedro Leopoldo.
D. Ana examinou a úlcera e informou:
— Aqui só uma “simpatia” dará resultado.
— Qual? — perguntou a madrinha do Chico.
— Uma criança deve lamber a ferida por três sextas-feiras continuadas, pela manhã, em jejum.
E D. Rita perguntou:
— Chico serve?
A benzedeira observou e declarou:
— Muito bem lembrado.
Isso ocorria numa quinta-feira. À tarde, quando o menino foi à prece, sob as árvores, encontrou D. Maria João de Deus, em espírito, e contou-lhe, chorando, que no dia seguinte ele deveria tomar parte na “simpatia”.
— Você deve obedecer, meu filho.
— A senhora acha que eu devo lamber a ferida do Moacir?
— Mais vale lamber feridas que fazer aborrecimentos nos outros — falou o espírito maternal, — você é uma criança e não deve contrariar sua madrinha.
— E a senhora crê que isso poderá curar o doente?
— Não. Isso não é remédio? Mas dará bom resultado para você mesmo, porque sua obediência dará tranquilidade à sua madrinha.
E, vendo que o menino hesitava, continuou:
— Seja humilde, meu filho. Se você ajudar a paz de que precisamos, você lamberá a ferida e nós faremos o remédio para curá-la. No outro dia, Chico obedeceu à ordem. Na sexta-feira imediata repetiu a estranha operação e a úlcera desapareceu. Quando lambeu a ferida pela terceira vez, viu o Espírito de sua mãe,
sorridente, ao seu lado. Extático, viu-a abraçar Dona Rita. E Dona Rita, transformada, acariciou-o, pela primeira vez, e disse-lhe, bondosa:
— Muito bem, Chico. Você obedeceu direitinho. Louvado seja Deus!
E depois de dois anos de flagelação, o Chico teve a felicidade de passar uma semana inteira sem garfadas e sem vergões.

Da obra Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama.
CONSELHO MATERNO

D. Rita de Cássia criava em sua casa, como filho adotivo, um sobrinho de nome Moacir, menino de onze a doze anos de idade. Moacir trazia larga ferida na perna, quando a dona da casa mandou chamar D. Ana Batista, antiga benzedeira da localidade denominada Matuto, hoje Santo Antônio da Barra, nos arredores de Pedro Leopoldo.
D. Ana examinou a úlcera e informou:
— Aqui só uma “simpatia” dará resultado.
— Qual? — perguntou a madrinha do Chico.
— Uma criança deve lamber a ferida por três sextas-feiras continuadas, pela manhã, em jejum.
E D. Rita perguntou:
— Chico serve?
A benzedeira observou e declarou:
— Muito bem lembrado.
Isso ocorria numa quinta-feira. À tarde, quando o menino foi à prece, sob as árvores, encontrou D. Maria João de Deus, em espírito, e contou-lhe, chorando, que no dia seguinte ele deveria tomar parte na “simpatia”.
— Você deve obedecer, meu filho.
— A senhora acha que eu devo lamber a ferida do Moacir?
— Mais vale lamber feridas que fazer aborrecimentos nos outros — falou o espírito maternal, — você é uma criança e não deve contrariar sua madrinha.
— E a senhora crê que isso poderá curar o doente?
— Não. Isso não é remédio? Mas dará bom resultado para você mesmo, porque sua obediência dará tranquilidade à sua madrinha.
E, vendo que o menino hesitava, continuou:
— Seja humilde, meu filho. Se você ajudar a paz de que precisamos, você lamberá a ferida e nós faremos o remédio para curá-la. No outro dia, Chico obedeceu à ordem. Na sexta-feira imediata repetiu a estranha operação e a úlcera desapareceu. Quando lambeu a ferida pela terceira vez, viu o Espírito de sua mãe,
sorridente, ao seu lado. Extático, viu-a abraçar Dona Rita. E Dona Rita, transformada, acariciou-o, pela primeira vez, e disse-lhe, bondosa:
— Muito bem, Chico. Você obedeceu direitinho. Louvado seja Deus!
E depois de dois anos de flagelação, o Chico teve a felicidade de passar uma semana inteira sem garfadas e sem vergões.

Da obra Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama.

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